quarta-feira, 25 de junho de 2008

Déficit de atenção

Este fim de semana, Natividade (RJ), a cidade onde voltei a viver desde setembro do ano passado, esteve em festa. Rolou a 23ª exposição agropecuária local, de quinta a domingo. Só pude ir na sexta, felizmente. Surgi na companhia da Bruna, da Juliana, da Cynthia e da Fernanda.

A sensação de deslocamento foi geral, devo admitir. Enquanto eu não tinha ninguém com quem conversar, minhas 4 companheiras cumprimentavam todos com beijos e abraços. Elas são todas elas uns amores, mas têm lá seus compromissos, e eu, de fato, não queria atrapalhar.

É o meu jeitão também; não vou nem reclamar. Mas também não vou negar que é cruel viver assim. No desespero meu, ficava olhando para todos os lados em busca de alguém com quem pudesse compartilhar aquela noite de frio, uma ou duas palavras. E nada. Cumplicidade zero, com todos ali presentes.

Aí eu fui me sentindo a pessoa mais sozinha do mundo, o que é normal, nessas horas. Um sentimento nem novo nem único, que vem geralmente acompanhado de um: “será que é hora de ir embora?”.

Geralmente, eu fico, porque adoro enfrentar situações difíceis. E fui ficando, sentido um frio danado, quieto como se um gato tivesse comido a minha língua (antes fosse).

Mas, também, pudera: a festa estava bem fraca. Tomei três cervejas e só lá pelas tantas aconteceu alguma coisa: uma amiga lésbica bebeu demais e começou a querer caçar confusão com um cara lá. Tivemos que apartar o princípio de briga, motivo o suficiente para esquentar o clima. E, assim, um assunto brotou do chão, feito uma flor.

Depois disso, a luz acabou (sério! Rolou um blackout) e eu fiquei morto de vontade de ir embora. Só que minha carona decidiu ir ficando mais um pouquinho, mais um pouquinho. Acabei que permaneci lá por mais umas duas horas, louco de frio. Estava tão de saco cheio que resolvi tomar uma atitude idiota (idiotíssima): acendi um cigarro, coisa que não faço há tempos. Dei duas tragadas e comecei a tossir muito, mas fui até o fim, porque, como disse, adoro situações difíceis.

Cheguei em casa era umas 5h. Dormi e, quando acordei, estava super gripado e, assim, venho me mantendo até hoje, cinco dias depois. Sabe aquela história de sair à noite e pegar um resfriado?

Um comentário:

Unknown disse...

me deu saudades de tu meu bem que coisa ainda esstá aberta a ferida nos nossos corações!!!!!!!!!!