segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Traga uma corda, irmão
Eu verde
Segunda-feira braba, hein?
Se alguém me perguntasse como eu me sinto: desesperado, eu diria, dramática e pausadamente.
Passei o dia todo me rastejando pelo chão, fugindo de luz e de gente. O estômago embrulhado, louco, em vão, pra vomitar. Minha pele verde fazia-me pensar em um algo feio, pegajoso e brilhante, tipo o Shrek.
Deve de ser coisa desta dor chata que se instalou na boca do meu estômago e que transformou meu fim-de-semana num deus-nos-acuda.
No sábado, que foi quando a dor apareceu, eu não fiz nada além de ler, ver e ouvir. Eram 10 da noite, e eu já estava exausto. Dormi e nem deu pra pensar em sair, chamar alguém pra alguma coisa, encher a cara ou protagonizar uma orgia.
No domingo, eu não fiz nada também, além do óbvio: ver TV, ler jornal e sentir dor, que continuava ali. Varei a madrugada assistindo (atrasado) ao DVD de “Nota Sobre um Escândalo” (corajoso filme acerca de uma lésbica obssessiva que se apaixona por uma mulher hétero e pedófila). Depois, fui dormi e tive vários pesadelos.
Na segunda – ou seja, hoje – acordei tarde, não comi nada, mas me entupi de Sonrisal, que eu adoro. Não melhorou, mas, ao menos, deu pra ligar o computador e escrever isto que vai saindo aqui: a realidade é insuportável, baby.
Amanhã, procurarei um médico.
Irmão, a corda.
O título do post é inspirado na poesia de Cazuza. A letra completa segue abaixo...
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